entre lamento e labirinto,
eu, demônio faminto, encontrei,
ainda que cego e distinto
aquela que me animaria o tormento
e que daquele instante
até o último momento,
me acende como que por instinto

ela, feroz encantadora de esfinges,
tingiu meu negro pranto de lume
banhou meu rosto de sorrisos
domou meu eu autoimune

se de penúria te fiz o primeiro passo
meu intento eterno agora é romper o espaço
abrindo estreito caminho pelo Todo
te buscando com meu sorriso bobo,
revirando o tempo para trazer-te ao meu braço

na tua pele habitarei como Deus a saciar-se no Éden
de pecado em pecado, pecarei
de tato em tato, sentirei
e em cada toque com teu desejo permanecerei,
lentamente,
como fúria latente entre os lábios teus

a ti herdarei minhas eras e éons
meu amor infindável, indelével,
cobrirá a eternidade com teu nome
e lá estarei ao fim, ao teu lado,
para um novo começo com teu sobrenome

te amo, thata

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